Digital Skills and Jobs

Quem somos

A Coligação Portuguesa para a Empregabilidade Digital (CPED), atualmente coordenada pela “Iniciativa Nacional Competência Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030”, foi formalmente instituída em 2015 e surgiu como resposta ao desafio da Comissão Europeia para colmatar a falta de competências digitais em Portugal e fomentar uma maior empregabilidade neste setor.

Desde o governo às mais variadas entidades privadas e públicas, associações, empresas, ONGD’s, polos universitários e confederações, todas se juntaram para responder a este grande desafio e definir mecanismos para incentivar a adoção de medidas inovadoras e de formação dos jovens em TIC; a requalificação da força de trabalho desempregada e, entre outras medidas, a consciencialização para as oportunidades de emprego nesta área.

Em 2018, a The Digital Skills and Jobs Coalition identificou a necessidade de desenvolvimento de competências digitais em quatro grandes grupos:

  1.  Competências digitais para todos – desenvolvimento de competências digitais para permitir que todos os cidadãos sejam ativos na sociedade digital.
  2.  Competências digitais na educação – transformando o ensino e a aprendizagem de competências digitais, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, incluindo a formação de professores.
  3.  Competências digitais para a força de trabalho – desenvolvimento de competências digitais para a economia digital (requalificação de trabalhadores, candidatos a emprego; ações em aconselhamento e orientação de carreira).
  4.  Competências digitais para profissionais de TIC – desenvolvimento de competências digitais de alto nível para profissionais de TIC em todos os setores da indústria.

Os países estão cada vez mais digitalizados. Todos precisam de competências digitais não só para trabalhar, mas também para fazer parte da sociedade. Com a introdução de tecnologias digitais cada vez mais sofisticadas, é essencial ter pessoas suficientemente qualificadas para desenvolver e usar essas tecnologias. Atualmente, apenas 57% da população têm as competências digitais necessárias para o mundo digital em que vivemos. Um em cada seis europeus (16-74) não detém nenhuma competência digital e um em cada quatro desse grupo apresenta competências digitais básicas. Existem mais de 400.000 vagas abertas para especialistas em TIC na UE e apenas 38% das empresas referem ter falta de competências digitais afetas ao seu desempenho.

Ter uma força de trabalho e uma população com qualificação digital, de forma mais ampla, é crucial para a criação de um mercado único digital na Europa e para receber os seus benefícios, para a competitividade europeia e para uma sociedade digital inclusiva.

A aposta neste pilar de transformação digital do tecido empresarial assenta sobretudo em medidas e ações que concretizem o apoio ao investimento, o estímulo à digitalização das empresas e à sensibilização e capacitação das PME’s, em particular. Uma vez que representam o grosso do tecido empresarial, do emprego no país e o desenvolvimento de iniciativas que concorrem para a consolidação do conhecimento científico e tecnológico empresarial.

O Programa INCoDe.2030 deve manter-se como quadro de referência enquanto iniciativa integrada de política pública dedicada ao reforço de competências digitais, dando um novo impulso do ponto de vista da materialização dos objetivos e das metas fixadas.

Objetivos

Existindo em Portugal uma lacuna de competências TIC e, considerando o elevado nível de desemprego, em particular nos jovens, assim como também as inúmeras empresas que não recorre às TIC, o que condiciona o desenvolvimento da economia digital, a nível nacional, são objetivos prioritários desta Estratégia e Plano de Ação para a Empregabilidade Digital 2021-2026 em Portugal:

  • Garantir o acesso de toda a população às tecnologias digitais, promovendo as competências digitais básicas;
  • Modernizar os sistemas de educação e formação, preparando os jovens, estimulando as competências digitais e a aprendizagem ao longo da vida;
  • Qualificar e Requalificar para Emprego em TIC, incluindo redimensionamento da oferta educativa e formativa em TIC, através da criação e/ou atualização de qualificações integradas no Catálogo Nacional de Qualificações, aproximando-os das exigências do mercado de trabalho, incentivo à especialização e requalificação em TIC por profissionais de outras áreas , adoção de sistemas flexíveis de formação e certificação de competências digitais, utilizando a estrutura já existente em toda a Europa, entre outros;
  • Formar especialistas em TIC qualificados, para preencher o número crescente de vagas de emprego em todos os setores da economia.

Na prossecução destes objetivos, importa delinear e executar medidas, iniciativas e ações em torno dos eixos do INCoDe.2030 e abarcando os seguintes pilares:

Educação e Formação Profissional: Formação das camadas jovens através do reforço de competências digitais em todos os níveis de qualificação e modalidades de ensino e formação;

Qualificação e Requalificação: Formação profissional dos adultos, nomeadamente os ativos dotando-os das competências digitais valorizadas na integração e reintegração no mercado de trabalho e tendo em vista a qualificação do emprego e a criação de maior valor acrescentado na economia.;

Inclusão: Capacitação e generalização a toda a população e a todo o território do acesso às tecnologias digitais, para obtenção de informação, para comunicação e para acesso e utilização de serviços públicos e privados digitais;

Formação Avançada: Promoção da formação de nível superior, reforçando a oferta de cursos técnicos superiores profissionais nesta área, bem como a formação graduada e pós-graduada de cariz profissional;

Investigação: Garantia das condições para a produção de novos conhecimentos nomeadamente em tecnologias disruptivas e a participação ativa em redes e programas internacionais de I&D.

A Coligação Portuguesa para a Empregabilidade Digital (CPED) conta atualmente com cerca de 40 membros de uma rede diversificada de entidades públicas e privadas.